eu e você, assim, dançando um bolero

 

GOOOooooooOOoOoOOoOOOOOooooooLLLL, do Brasilllllllllllllllllllsilsilsilsil!!!!! Bola na rede, meu povo. I'm back! Estava no mundo das trevas, presa no ócio criativo, quando uma criatura mística chegou. Eis que aterrissa a gloriosa para nos salvar, a famigerada coxinha. O que uma overdose de salgado não faz com os seres humanos? Nos comove, para mais um de tantos, um brilhante:
EPISÓDIO DA VIDA 
vamoqvamo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


DAMN IT

   Sou devota absoluta de trilhas sonoras. De 'Adeus Lênin' até as músicas que ouvi repetidamente lendo um livro, afogando as mágoas e rebolando a bunda. E só na terça-feira passada que descobri a minha. A que quero ver tocando no fundo dos meus primeiros 22 anos de existência. E vou falar a verdade do coração: poderia ser sua risada, o latido da Clotilde ou 'Cotidiano', do Chico Buarque. Mas quer saber? De trilhas sonoras eu sou perita, e a minha vai ser aquele som nojento de beijo. Do nosso. Aquele som de baba, de língua, de chiclete mascado com a boca aberta. Como minha mãe diria, som de ruminante. Aquele de quando o dente bate, na pressa de se engolir de novo. E de novo. E mais uma vez. No filme da minha vida, esse ruído fez tudo valer a pena até agora.
   Eu não quero ser melodramática, por medo de estragar tudo. Mas me permita te exaltar por um segundo: você é ótimo no que tá fazendo comigo. Esse gostinho de boca, a boca na nuca, a nuca na mão, a mão no cabelo, o cabelo no rosto, o rosto grudado sem saber onde começa um e termina o outro. Que eu possa desfrutar disso de mês em mês, ou quando der. E o que tá no intervalo eu mando o diretor cortar, pra que no meu filme fique bem claro: minha vida é te beijar.

Maria Teresa Gonçalves