ISSO É TÃO COISA DO DESTINO - IV

                                                                     Johnny & Baby- "Dirty Dancing"--Swayze & Grey Lit Up The Screen In This Classic Film...Oh, And What A Dancing Pair....Love This Picture...Sweet Memories Of Two Great Actors & People In Their Prime....Baby and Johnny=Forever!!:

TRETAS MEUS AMIGOS, MUITAS TRETAS. Rodrigo, uma personalidade dúbia... Mas é bonito o home. Coitada da Rebecca.
Homem bonito e correto no mundo de hoje galeres, é um em um milhão!!!!!11!!1!1 rsrsrs
Brincadeirinhas a parte, como ficará essa sociedade agora, Brasil? (segundo post do dia porque nóis é nóis)

Desgracento

- Assina aqui. Isso. Aqui também. Ok, toca aqui. - falei olhando nos olhos amendoados do Rodrigo, - Sócios! Quem diria... que coincidência. - bati nas mãos grandes dele, rindo abobada com a alavancada que minha carreira acabara de dar.
- Quem diria, né? Agora, negócios a parte... - abaixou o rosto para me encarar quase que invasivamente - como está a vida, Becca? Foi só virar carioca que esqueceu de mim. - curvou as sobrancelhas, com cara de cachorro que caiu da mudança. E a expressão se tornava quase cômica no rosto dele, submissão que não encaixava nos traços fortes e masculinos que ele tinha. Desde a faculdade, pode-se dizer que o garoto evoluiu de forma imensurável. E eu previa os estragos que tal evolução causaria na minha vida amorosa, e estava ansiosa. Ansiosa pra provar dele novamente, retomar uma história que fora cortada bruscamente.
- Que drama, Rodrigo! Eu esqueci até de mim. - falei, melancólica com as mudanças negativas que minha rebeldia havia trazido consigo. Rodrigo chamou o garçom e ouvi-o pedir a conta.
- Becca, eu não vejo a hora de recuperar esse tempo perdido. Vamos marcar outra hora? Amanhã, depois de visitar a imobiliária, pode ser? No meu apartamento.
- O-ok?
- Ok? - sorriu de lado, divertindo-se as custas de minha hesitação.
- Sim, claro! - sorri amarelo, sendo sugada pelas segundas intenções de cada palavra que era proferida por aquela boca linda, maravilhosa, vermelha...
- Crédito ou débito, senhor?
- Débito.

                                                                       ~

Uma sacola de lingeries, muitas zoações da parte da Manu e um escritório na Avenida Paulista alugado com muito sucesso depois, estava eu dentro do Uber, apertando nervosamente as coxas, ao lado de um homem que muito provavelmente arrancaria todas as minhas roupas em breve. Evitei olhar diretamente pra ele, mandando mensagens aleatórias para a Manuela, que estava a par dos futuros eventos. Chegando no prédio, moderno e arborizado, subi o elevador com um nervosismo ímpar, engatando assuntos que me faziam parecer louca. E ele já conhecia minhas reações, ria despreocupado de cada asneira que eu era capaz de falar.
- Rebecca, fica calma. Eu não mordo. Só se você pedir. - expirei, contando até 10 a fim de me acalmar.
- Vai à merda, Digo.
O elevador abriu. Entrei no apartamento bem decorado, e foi questão de segundos até ser pressionada contra o que me parecia ser um balcão de cozinha. Senti as mãozorras me impulsionando para sentar em cima do mármore, e as mesmas alcançaram meu cabelo com facilidade igual.
- Que saudade, Becca.
Seu beijo foi imponente. Diferente da fragilidade com que ele me tratava anos atrás. Não que me agradasse o amadurecimento brusco, eu ainda preferia sua sutilidade. Mas vê-lo pedindo permissão, me despindo com os olhos, foi suficiente pra corresponder o movimento dos seus lábios, tão apressada quanto.

                                                                   ~
Assistindo-o dormir, prestei atenção nos detalhes do quarto que, na movimentação de momentos anteriores, não conseguira notar. Não era impessoal, como esperado - era cheio de cores, cortinas bonitas, roupa de cama aconchegante, almofadas divertidas espalhadas pelo chão junto com minhas roupas. Olhei para a mão que repousava em meu estômago. Eu sempre fui tarada em mãos bonitas, e a dele sempre foi meu referencial. Dedos longos, simétricos, e muito bonitos. Estavam bronzeadas, assim como o resto de seu corpo. Exceto por uma faixa pequena no seu dedo anelar, que quase passou despercebida pelos meus olhos de lince. Na mão direita.
Levantei, lentamente, pegando as peças que conseguia achar no curto tempo que me permitia gastar dentro daquele apartamento. Vesti toscamente, sentindo as lágrimas começarem a brotar, e corri para o elevador, sentando no chão do mesmo e discando um número que meus dedos já estavam acostumados a digitar.
- Manu, me ajuda! - disse em voz esganiçada, quase como se tivesse uma faca apontada para o abdome.
- Deu, né, safada! Tá roubando meu trono de pegadora? Ele gostou da lingerie?
- Ele é casado. Eu tenho certeza.

Maria Teresa Gonçalves

Comentários

  1. Profundo isso aí... Tá bem inspiradinha, ainda vou comprar seus livros, tenho fé 😘

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